quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O peru and last calls

Algo em que já penso há bastante tempo (se não anos) é aquele apertozinho que fica quando alguém sai repentinamente da nossa vida. Uma amizade que termina porque razão seja, alguém que morre num acidente, relações amorosas que chegam ao fim (e mal). Porque há sempre aquele "Foda-se se eu soubesse que aquela era a última vez que nos víamos tinha-lhe dito que bla bla/teria aproveitado melhor o último beijo/teria-me esmerado mais na última vez que pinámos/tinha-lhe dito que gostava muito dele/a e que isto não era razão para cada um seguir o seu caminho". Os "E ses..".
Volta e meia até gosto de perguntar a quem está comigo "Então e se agora fosse a última vez que nos víamos?", porque é verdade, you just never know. Mas o povo nunca leva a coisa a sério e eu acho sempre que temos todos algo a dizer ou a fazer que não dizemos e não fazemos.
Mas hoje quando se falava nisto no café (obviamente) até eu, que já pensei nisto dezenas de vezes, concluí que não há cá avisos nas last calls. As coisas acontecem e dizem-se e fazem-se como era suposto, sem o peso da última oportunidade.

2 comentários:

  1. Eu também não acredito que se consiga viver como se fosse sempre o último dia porque há coisas que não dependem de nós! Viver intensamente sim! Nesta perpectiva? Dificilmente!

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  2. O segredo é viver intensamente, aproveitar tudo o que a vida nos dá...arregaçar as mangas e não desistir em ser feliz:)

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