O peru e o poço

Porque quando achamos que "epá, isto já está tão mau que não pode piorar", o universo chega e ri-se na nossa cara.

O peru no S.João

Barulho. Martelos. Pimbalhada. Cheiro a braseiro e peixe assado no ar. Ventania do caralho. Churrasco. Vinho. Dança. Sexo. Kms percorridos à patinha. Vodka. DragonBall GT. A bicha soltinha. Não há caipirinhas. Tás aqui tás a apanhar um estalo. Nadabrovitchka. Aquilo é vomito? Vamos beber! Bancoooooo. The sun is rising. "Isso era se eu soubesse onde estou, tinha de meter no gps". E se este palhaço fosse apanhar no real cu? Ai o Burguer Kiiiiing. Kms de volta. Eh eh eh eh eh eh eh. Vocês parecem o Beavis and Butthead. Matrícula BB. Eh eh eh eh eh eh. Hotdogs for breakfast.
Aaaaahhhhh..

O peru declara

.. que definitivamente há em mim qualquer coisa que atrai gente desequilibrada. Puta que pariu, santa paciência!

O peru no Porto

Já há uns meses tinha pressentido isto. Que a pessoa e a geografia não estavam assim tão interligadas quanto isso. Mas depois também não seria a primeira vez que eu tenho a certeza que uma coisa é assim para dias depois afinal achar que não.
Mas realmente cada vez que aqui volto chego a pontos de lamechice ridículos para alguém que está só a ver pontes e casinhas sobre o rio Douro.
À tarde, numa esplanada à beira da casa da Música, falava-se da estranheza de nascer e crescer numa cidade e sentir o coração cheio logo na primeira vez que se visita outra. Parece quase traição, but then again, home is where the heart is.
Estou cá há 3 semanas e (que me perdoem os meus amigos que lêem isto, mas se me conhecem sabem que isto não tem nada a ver com vocês) não tenho saudades de casa. Nenhumas. Conseguia facilmente nunca mais voltar. E se isto não é um sinal (enorme), então não sei o que será..

O peru and the suicide note

Trouxe um livro comigo para a viagem. Lê-se rápido, rápido demais para um livro que está recheado de ideias e conceitos que vale a pena analisar uma 2ª vez. Quando o acabei fiquei a achar que o narrador se tinha suicidado. Depois pensei "Foda-se, escolho-os mesmo a dedo!". Finalmente pensei "Não, se calhar TU achas que ele se suicidou porque és parva!"
E vai de procurar na net, em busca de uma alminha doente que tenha achado o mesmo que eu. E existiam.

Isto tudo para remontar a um episódio praí no 7º ano ou coisa que o valha, em que todas as semanas tínhamos de ler um livro e resumi-lo. Ora peru, rapariga precavida, deixou tudo para a última da hora (hábito que mantenho religiosamente até hoje) e na altura de resumir uma merda qualquer de poucas páginas, escolhe a Lua de Joana. "Bla, bla, perde a amiga, mimimi, e no fim suicida-se". A fofa da professora até raios deitou dos olhos. Riscou-me o resumo todo a vermelho e encheu a palavra "suicida-se" de pontos de interrogação.

Na busca cibernética anteriormente referida lembrei-me desta episódio e resolvi investigar se estava sozinha no mundo mais uma vez. E claro que toda a gente reitera a minha opinião de 11 ou 12 anos, a miúda mata-se mesmo (quem é que aos 14 anos já está agarrada a heroína quando era uma snobzinha cocó delegada de turma?). Também preocupante foi o facto de ter encontrado muita gente que diz que a Lua de Joana é o livro da vida deles. O que passou aí minha gente? Terapia de choques?

So anyway, quem tinha razão minha vaca?

O peru e as calças

Ele - Vê-se logo quem é o homem nesta relação..
Ela - Qual relação?

O peru hoje

Parabéns! És tão melhor do que aquilo que pensas..

O peru irrita-se quando..

.. está a falar com alguém após a meia noite e diz qualquer coisa como "Amanhã bla bla" e a pessoa do outro lado responde "Eh, eh, amanha não, hoje!!"

A sério meu? Mas isso alguma vez teve piada? Já dormiste? O dia acabou? Pó caralho!

É isso e quando vejo malta após o meio-dia e inocentemente (é o que dá ser bem educada) solto um "Bom Dia!" levo de volta o "Eh, eh, bom dia não, boa tarde!!"

A sério meu? Mas tens muitos amigos? Já almoçaste? Não pois não? Pó caralho!