segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O peru regressado

Enquanto conduzia já o estômago se entrançava em nós. De marinheiro, como convém.
Sei que o tempo passou porque existem tabelas chamadas calendários, porque para mim parece que foi tudo ontem. Assim que passei o Mosteiro de Santa Clara pensei que me ia dar uma coisinha má.

N13. Descia e ia contando os cruzamentos por onde passei há sensivelmente 3 anos, a arrastar uma mala monstra, depois de apanhar uma boleia de um perfeito desconhecido. O dia que está marcado a ferros.

Passo pelo nosso spot nocturno e rezo para que não esteja lá ninguém conhecido. Esta gente não tem vida própria e não me apetece ser assunto de café. Parei o carro na marginal. Está um dia lindo e o mar está perfeito. Acho que nunca te disse como adorava esta cidade e como invejava a tua (e depois a minha) sorte em morares a 2 minutos daqui. Then again, há muita coisa que não te disse. Infelizmente para mim é sempre mais fácil abrir a boca para negativismos que para as coisas que deviam importar. Não deixa de ser interessante como um estalo de realidade muda prioridades e perspectivas e, em última análise, a mim.

Um almoço inesperado. Fui recebida com sorrisos e braços abertos pela família que de certa forma já era a minha. Tinha saudades disto.

Vi-te depois de almoço e pensei que ia morrer. Quis dar-te um abraço, mas sei que não posso. Disseram-me para ter cuidado e trazer rede de segurança. Mas quando o assunto somos nós, isso é coisa que para mim nunca existiu. Deve ser por isso que dei a queda que dei e ainda estou toda partida.

O peru na palma da mão

Leram-me a sina durante a minha viagem.

Sou uma pessoa muito impulsiva, que reage por instinto e comete muitos erros por causa disso. (check!)

Tenho o potencial para ser brilhante a nível académico, mas não estou a utilizá-lo. (infelizmente concordo e check!)

Tenho de ter cuidado porque tenho uma queda/acidente no meu futuro próximo. (isto tendo em conta que ia apanhar 2 aviões dali a uns dias e que apanhamos uma turbulência medonha, é sempre reconfortante)

Nunca vou ter estabilidade a nível laboral porque nunca vou ficar muito tempo no mesmo sítio. (That's actually fine by me)

Não viam no meu futuro relações estáveis. Em vez disso viam várias e de curta duração. (aqui mandei o leitor de palmas de mão para o caralho)

"You will marry someone". (então não ia ter relações estáveis e agora há aliança? credibilidade do leitor a descer vertiginosamente)

"I don't know about kids, it is very unclear." (pois.. eu já não digo nada)

O peru em Praga - 2

[...]
Puta que te pariu, pareces um puto que não fez a sesta. Quem nos visse a descer a avenida aos gritos pensava que ia haver divórcio. Quem é que vem a Praga para ficar a dormir no hostel, a sério?
Mas ainda bem, porque uma cidade brutal como esta a levar com a birra dos outros.. pois, não dá.

Sem saber muito bem onde ia, descobri rapidamente que o hostel era colado à praça principal, a Stare Mesto. E que dali à ponte D. Carlos é um fininho, por ruas labirínticas que me fizeram perder uma ou duas vezes. E que debaixo da ponte vendem umas salsichas enormes, típicas, grelhadinhas no churrasco e com molho de mostarda por 2 euros. Enquanto comia descobri uma cache quase por acidente. Depois entrei num jardim que acompanha o rio, fui dar a outra das muitas pontes de Praga, visitei uma ilha, voltei a subir tudo, descobri uma loja de pretzels, gingerbreads e afins (foi a d-e-s-g-r-a-ç-a) e comi que nem uma lontra enquanto subia o bairro judaico.

Sinagogas, pontes, monumentos que nem estava a fazer por encontrar, mas que surgiam a cada esquina, souvenirs para as meninas. Bendita hora em que só trouxe bagagem de mão, senão há pouco tinha-me aniquilado economicamente com malas e botas.

Back in the room. A avaliar pela tosse devo estar prestes a falecer de tuberculose. Estou cansada. E cansada de me lembrar de ti.

O peru e os Óscars

Quer-me parecer que os dois comentadores da cerimónia estão a segundos de se engalfinharem num belo acto de porrada. Passam os mini-intervalos a desafiarem-se com conhecimento cinéfilo, ordens de entrega de prémios, isto e aquilo.
Se enfiassem os egos no cuzinho e fechassem a matraca, a malta (vulgo eu) agradecia.

O peru em Praga

E pronto, depois de inúmeros adiamentos por ressaca/doença, é oficial, estou no comboio para Praga.
Claro que pelo meio ainda podem acontecer uma série de desgraças, tipo não sairmos na estação certa e ir dar a um campo de concentração.
Ele está felicíssimo por ter acordado às 3.30 da manhã (nota mental: menina, existem pessoas que gostam de viajar e outras que gostam de estar com o cu alapado em casa em frente ao portátil. Não escolhas pessoas do segundo grupo para viajar contigo.)
A estação dos comboios parecia-me um castelo à distância. Depois descobri que estava em obras e, quando dei por mim, estava a atravessar um túnel escuro que nunca mais acabava e pensei que estava no Irreversível e que alguém me ia sodomizar à bruta.
Ninguém fala inglês nesta terra, é mesmo impressionante!
Sentado à nossa frente está um polaco que:
a) parece um toxicodependente.
b) parece que acabou de levar um murro no olho.
c) vem apetrechado de cervejas de 0,5L para a viagem.
d) is creeping me out cause he won't stop staring.

A hipótese correcta é a e) todas as anteriores.
Um bebedolas não tem mais que fazer do que vir torrar dinheiro para um comboio internacional?

O peru e o plasma

Então mas a minutos dos Óscars é que eu reparo que não tenho a TVI sintonizada na merda da televisão?

domingo, 27 de fevereiro de 2011

O peru e o indiano

Ontem chegou o novo roomate, um indiano que eu ainda nem consegui perceber o nome. Percebi sim que os indianos não têm qualquer noção de que falam com aquele sotaque e ficam quase ofendidos de lhes pedirmos para repetir (é que não se percebe mesmo um caralho! O Raj do Big Bang a menina compreende na perfeição, este senhor, ui!)
Depois não se cala um bocadinho. Metade das vezes em que fala ou está a ser chato, ou inconveniente ou a convencer-nos de que a Índia é a maior nação do mundo. Também faz coreografias de Backstreet Boys e inventa passos de hip-hop para engatar as miúdas polacas.
24 horas depois de me conhecer perguntou-me se já tinha feito sexo. "Dude, I' 28, hello?" Chocadíssimo com a leviandade dos hispânicos (como eles nos chamou) lá continuou com perguntas bastante medonhas para quem não me conhece de lado nenhum e tive de lhe explicar que hoje em dia ninguém espera pelo casamento para pinar e que a índia é muito gira e tal, mas tem tradições absurdas. Passados uns minutos disse-me que ainda era virgem.
Pois filho, assim já tudo faz sentido. Essa curiosidade mórbida e energia a mais só podia vir de muita hormona acumulada..

O peru na Polónia - 5

Existe a vida antes e depois da vodka polaca. Dá uma ressaca bastante jeitosa. Também chegou para ficar logo 3 dias de cama, no meio de lenços ranhosos, muito Brufen e uma tosse de cão. É bem feita minha estúpida, para não te andares a gabar que nunca ficas doente e tens uma saúde de ferro. Também ninguém te manda andar aos saltinhos a brincar com neve às tantas da manhã, de manguinha curta.
4 dias com o caralho. Acho que até delírios devo ter tido com a febre, aquele quarto a 30ºC e o corpo a parecer que levou um porradão soviético. Nem dei pelas horas do dia a passar, com a cabeça sempre a ir parar ao mesmo e o mesmo sonho (acordada?) sempre a repetir-se.
Isto não podia acontecer em qualquer outra semana do ano? Não?

O peru na Polónia - 4

O polaco que me verificou o BI à chegada devia estar retido no tempo, ali por alturas da Segunda Guerra Mundial. Tinha mesmo ar de brutamontes acéfalo que a qualquer momento se ia levantar, dar um murro no vidro e partir-me a boca. Foda-se, não estou assim tão diferente da foto do BI.. Há alguém que fale inglês neste aeroporto?

[...]

Mas a sério que acham que se grunhirem coisas em polaco, 50 decibéis acima do normal, é prova inequívoca de que eu vou automaticamente compreender? Sabia lá eu que não se podia fumar cá FORA!

"Ah e tal, pode fumar ALI (5m mais à frente)!"
"Oh nazi, estão -10ºC! Seriously??"

O perú na Polónia - 3

Pela primeira vez em 7 ou 8 anos não estou numa relação no Dia de S. Valentim. A inexistência de expectativas chega a ser agradável e libertadora. É uma clean slate, parece que é tudo novo e que estou a ver tudo pela primeira vez, o que me permite disfrutar de pormenores que outrora me pareceriam irrelevantes.

Vi um arco-íris de 360º reflectido nas nuvens polacas. Foi o ponto alto do meu dia.

O peru na Polónia - 2

Tenho fome (porque é que não trouxe libras?)

Partidas em Portugal:
Recheadas de casalinhos azeiteiros: eles uns Cristianos Wannabes, com direito a brinquinho, calça à futebolista e o cabelo empapadinho em gel ( às 5 da manhã? a sério?); elas de cabelo muito esticado pintado de preto, argolas e com muito pêlo nas botas, estolas e qualquer adorno, de preferência sempre em cores diferentes.

Chegada a Londres:
The polite British stuff.

Voo para a Polónia:
Tudo acabadinho de sair da feira dos ciganos ou então escolheram a roupa às escuras. Pior que isto, todos os polacos têm pelo menos uma criança a correr pela gate fora aos gritos, o que implica que vai haver muita gritaria no voo (porque é que não trouxe Xanax?)

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O peru e as palmas

E se de manhã quando ouvissemos o carteiro corressemos porta fora para lhe dar uma salva de palmas?
Ou aplaudissemos o empregado do café que acaba de nos pousar a chávena fumegante à frente?
Ou batessemos palminhas enquanto a empregada do Modelo nos passa os códigos de barras na caixa?

Estranho? É tão estranho como bater palmas quando o avião aterra. He's just doing his job and so is everyone else! Portanto, ou há clap clap para toda a gente ou não há palminhas para ninguém!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O peru e hoje

Há 3 anos atrás, por esta hora, estava num estado de ansiedade tal que não consegui dormir a noite toda. Também não sabia muito bem onde ia, apenas aquilo que me movia. Que me move.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

O peru na Polónia - parte I

O aeroporto está às escuras, como que abandonado. Vejo sombras humanas em diversos recantos, parecemos todos sem-abrigos (se bem que o home-less aqui para mim faria muito mais sentido). Um dejá vù brutal assim que aqui entro. Até a gate de embarque é a mesma. Tentei sentar-me o mais afastada possível do sítio onde aguardamos outrora pelo voo, enquanto esperava o meu. "Muito bom, não se pode levar excesso de bagagem (e só eu sei o que penei por causa disto), mas se forem saquinhos de compras do aeroporto já pode ser..". Conheci o Miguel, um argentino, na fila de embarque por causa de um Ice Tea que ele não pagou. Um frio descomunal.. "se está assim aqui, nem quero imaginar lá!". Flight attendant parece o Goucha a tentar impingir-nos prendas de São Valentim, mas esteve melhor quando se dirigiu aos broncos* como se fossem putos de 5 anos autistas. Ar londrino na tromba às 9 da manhã and the nicotine craving kicked in. As lojas são as mesmas, lembro-me de todos os momentos que aqui passei contigo. Tenho fome (porque caralho não trouxe libras?).

*aquela gentinha que assim que o aviáo aterra se levanta à Speedy Gonzalez e vai destemida buscar a mala preciosa, para depois ficar em pé com ela durante 10 min.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

O peru talks indian

Eu - I was gonna ask you if you were from India, but then if I was wrong you could find that very disrespectful.
Indian Boy - No, that's ok.
[...]
Eu - I look like an Indian girl, right?
Indian Boy - Yes, you look like an Indian girl. When I first saw you I thought how you two met..

Se dúvidas havia..

O peru e a neve

Entre as minhas 3247876 tossidelas diárias, disseram-me que estava a nevar.
E agora estou há quase uma hora a olhar para a janela a ver os floquinhos a pairar no ar..

O peru e a miúda

No Sábado à noite vi uma miúda sentada num parapeito de um prédio, numa rua qualquer do Porto, à beira de uma estação de metro. Parecia estar ali há imenso tempo. Talvez nem notasse que ele passava por ela.
A maquilhagem borrada escorria-lhe pela cara, seguindo os caminhos já desenhados pelas lágrimas. Até a postura dela, ali sentada, mostrava que dali não ia a lado nenhum, por falta de força e de vontade. Via-se claramente que lhe tinham partido o coração.

Senti-me de certa forma culpada por a ter deixado ali tanto tempo.

Na madrugada de 2ª feira passei pelo mesmo sítio, e ela ainda ali estava. Estendi-lhe a mão e seguimos juntas.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O peru comatoso

E viva a vodka polaca! Sou um vegetalzinho que aqui anda..

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O peru congressista

Quais palestras, qual oncologia!
Rever os colegas de faculdade que não se vê há anos e saber que a ausência física pesa sempre menos que o que foi partilhado.
É sentir que a minha vida está no Porto, por razões que nem sequer te incluem. Porque sempre gostei disto, porque foi cá em cima que iniciei o meu curso, porque há qualquer coisa nas pessoas do Norte que não encontro em "casa".
Home is where the heart is.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

O peru multitasking

Tanta coisa e sem pc nem tempo para escrever. Bah!!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O peru cultiva-se

A ave vai ali a um congresso e já vem.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

O peru e a flatulência

Nem sei como ainda não tinha feito um post sobre isto.
Tendo eu a profissão que tenho/terei, cocós, diarreias e vómitos são banais. Nós veterinários chegamos mesmo a ser nojentos, comparando cores e odores, que muitas vezes ajudam no diagnóstico.
Não tenho nojo de muita coisa nem me faz espécie que me falem de defecação enquanto como algo apetitoso (aliás, acho que a maior parte das pessoas que dizem "ai, pára, estou a comer!" só estão a fazer pirraça).
Mas a flatulência.. Devo ter um trauma qualquer a nível subconsciente, não sei, sei que não suporto. Compreendo toda a fisiologia e razão de ser da coisa, percebo que se o ar entra tem de sair, mas daí àquelas pessoas que partilham isso com a sociedade.. Ultrapassa-me.
É rara a rapariga que conheço que tenha ouvido a fazê-lo. Já os rapazes usam-na no processo de male bonding frequentemente.
A panca que tenho com isto é tão grande que ouvi já um ex dizer-me que o atrofiava não poder soltar gases à minha beira quando namoravamos. Já antes tinha andado a recolher opiniões de casais meus amigos, porque queria acreditar que não era a única miúda com esta mariquice. Mas, shocker, aparentemente o bicho do mato sou eu e elas toleram/alinham no bombardeamento e até fazem brincadeirinhas que incluem tapar a cara-metade com o cobertor para melhor absorverem o odor.
Errr.. eu fico-me pelo bicho do mato. Lamento, há coisas que eu acho que não se partilham.

O peru e o inter-rail

FINALMENTE!! Quando toda a esperança já estava perdida, viajar de comboio pela Europa que ainda não conheço..
Polónia-Eslováquia-Hungria-e a menina quer muito ir a Praga ainda também.
Stress com malas, Kg, roupa e líquidos condicionados, but it will all be worth it in the end.
Continua em aberto a hipótese de ser raptada por uma rede de tráfico humano naqueles comboios manhosos lá daqueles lados, but it's all good.

O peru e a frase do dia

"Mas quem é que vai para o aeroporto passar no raio-x com um rimel enfiado no cu?"

O peru e o dia dos namorados

Este será com toda a certeza o mais surreal de todos.
Dia 14 o peru nazareno aterra em Londres, que por si só já dá vontade de rir.
A companhia posterior é a cereja (ahahah) em cima do bolo. Foda-se!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

O peru e as malas de viagem

Mas ONDE é que eu estava com a cabeça quando achei que conseguia meter a tralha para uma semana numa maleta de 50x40x20cm? ONDE??? Eu, que para uma passagem de ano de 3 dias levo 2 malas e uma mochila?
Quem é que vai parecer um híbrido sem abrigo/nazarena de 7 saias no aeroporto, tal é a quantidade de roupa que vai levar em cima do pêlo?

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

O peru e as pessoas que não sabem resumir

Acho que se aprendemos a fazer resumos na primária é por esta razão. É para evitar maçar os amigos quando contamos histórias intermináveis, com montes de pormenores que não interessam ao menino Jesus. Se se pode explicar com 10 palavras, porquê usar 50?
E conhecendo o destinatário da conversa, não deveríamos saber se o assunto lhe interessa ou não? Eu lá quero saber fórmulas matemáticas ou decretos de lei? Isso é relevante para a conversa? Não.
E aquelas pessoas que depois de esmiuçarem todos os detalhezinhos, voltam ao início e começam a contar tudo de novo, mas agora com sinónimos?
Às vezes dou por mim a ver a cena de cima, tipo experiência quase-morte (pudera!), ou a pensar em tudo menos naquilo que a pessoa está a dizer. É com cada shutdown cerebral.. Deve ser um mecanismo biológico de auto-preservação.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

O peru e os vícios

(conversa de café)

D - Epá, eu nem me convinha estar aqui ao pé de vocês, que ando a tentar deixar de fumar.
Eu - Fazes bem, admiro a tua coragem. Eu só tentei uma vez e ia morrendo.
D - Eu já consegui uma vez, estive alguns 3 meses sem tocar em tabaco.
Eu - E voltaste porque.. ?
D - Oh.. apanhei uma granda moca e fumei logo um maço ali em hora e meia..
Eu - (laughs) Mas 3 meses foi muito bom, podias ter continuado. Eu só aguentei 17 dias e nem penso em tentar novamente.
[...]
L - Mas há quanto tempo é que já deixaste?
D - Umas 7 horas.
L e Eu - ...

O peru and the headlines

Deambulando pelas páginas e pelas notícias, deparo-me com:

"25% Of Hooker Hookups Start On Facebook!"

E dizerem-me coisas que eu não saiba? Não?

domingo, 6 de fevereiro de 2011

O peru e a frase do dia

"Bom, no meio do peixe assado e dos orgasmos, perdi-me."

O peru e a mentira

Meu, os ditados populares às vezes têm razão de ser. A verdade vem sempre ao de cima. Nem que seja só na tua consciência.

O peru e o Farmville

Casal de meia idade e do século passado, que não percebem nada de computadores, quanto mais de Facebook, quanto mais de Farmville.
Mulher faz conta no Facebook porque ouviu as colegas comentarem que era giro e dava para falarem umas com as outras.
Sem saber, faz com que o login seja automático assim que se abre a página.
Marido liga o computador da mulher porque acha aquela actividade toda muito estranha, "ela devia era estar na cozinha a fazer-me o jantar" e dá de caras com um dos milhentos posts do Farmville, a pedir a adopção de um pequeno boi perdido numa quinta alheia.
Marido olha para a imagem e diz: "O boi sou eu, não sou? O BOI SOU EU!!"

E isto é verídico.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

O peru e o Black Swan

Desde que vi os primeiros posters do filme, fiquei a babar. O Aronofsky já era amigalhaço do peito desde o "The Fountain" e o "Requiem for a Dream". A Natalie é a minha actriz fetiche (Jane, Jane..).
A-d-o-r-o quando dias depois de ver um filme ainda estou a pensar nele. Já vi e revi o final umas 4 vezes.
Já não me deixava afectar assim por um filme desde o "Fala Com Ela" do Almodóvar. E vê-lo nesta altura foi.. daquelas coincidências que não o são.
E nunca mais chega dia 27..

O peru and the Swan Queen

"We all know the story.
Virgin girl, pure and sweet, trapped in the body of a swan.
She desires freedom, but only true love can break the spell.
Her wish is nearly granted in the form of a prince.
But before he can declare his love, the lustful twin, the Black Swan, tricks and seduces him.
Devastated, the White Swan leaps off a cliff, killing herself, and in death finds freedom."

O peru and the weirdness of it all

8 da manhã.
Surf.
Fotos.
O cheiro no teu casaco, que é igual e me arrepiou até aos tornozelos.
And then lunch.
And then shopping.
E o dia parecia que não acabava.
Como um flashback que fez fast forward.
A estranheza e a familiaridade ao mesmo tempo.
E não deixa de ser uma coincidência hoje ter sido dia 5.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

O peru andrógeno

I like boys.
You like boys.
We can like girls in the meantime.

O peru e a bucket list

Escrevinhar o nome numa árvore, num momento em que o romantismo me toldava o pensamento - check!

1ª aula de bateria - check!!

Roadtrip pela Europa à maluca com pessoal - check!!!

O peru e mais 50 merdas

1- (mega caixote) “É só isto?”, “Não, procura melhor”, (abre o saco), (palminhas!!)
2- To know that you feel the same, as I do, is a three-fold utopian dream.
3- Huggie
4- Hello snail. Hello snail. Party.
5- Carcioffi.
6- Pãnzinho com chocolate
7- Excuse me sir, my card doesn’t seem to be working.
8- Sweet and Sour Pork in Camden.
9- Our wax hands.
10- 1st time you left me at Povoa’s bus station.
11- Tesco.
12- Me yours, you mine.
13- Kilburn.
14- Agarra-te a ele! Força!
15- Cockroach Girl.
16- Show P to people.
17- Sushi.
18- Solar.
19- Já tou todo maluquinho.
20- I can break into a million pieces, So just run as fast as you can from me.
21- Tripas.
22- Serradura.
23- Diabetes.
24- Can I go down on you?
25- OMG is that a Pelvis?
26- 22.
27- Bumba.
28- You make me happy in my magic place.
29- Tienes unos ol-hos que te cómia a cona toda. Vai-te fuder bitch.
30- Quando era puto vi o The Shining e borrei-me todo.
31- Requiem for a Dream.
32- Feira do Livro.
33- S. Pedro
34- Bifinhos com cogumelos.
35- Strawberries.
36- Não tenho problema nenhum em falar contigo e a seguir partir-te a cara.
37- Is you is or is you ain’t my baby?
38- Your jackete!
39- You mean everything.
40- Chow Min de Galinha!
41- I’m going on a quest.
42- Tu! Na casa de banho! Já!
43- Sim, por favor!
44- You touch my tralala.
45- Lençóis polares.. Aaaahhh.
46- Eu consigo cheirar os meus pés!
47- It’s ok, I’ll just stay here, living on the street, in the rain, with my cardbox house.
48- Tu és escumalha!!
49- Pelin-hos.
50- Queres brincar comigo?

O peru e os 10000

Olha merda, passaram e eu nem dei por nada!

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

O peru and the wasted days

O peru e aquela puta de merda

(no café)

Eu - Ai não me diga que ainda não tem adoçante!! (Isto já vai em mais de uma semana!)
Dona do café - (remexendo os pacotes de açúcar) Então mas porque é que não bebe sem nada?
Eu - Se eu gostasse sem nada, não lhe estava a pedir o adoçante.
Dona do café - Mas eu bebo o café sem nada.
Eu - (E quem é que te perguntou alguma coisa sua vaca menopáusica?) Pois, mas você é você e eu ainda sou eu.

O peru e a Alice

Tenho um isqueiro com a Alice do País das Maravilhas. The world makes sense again.

(A sério, o salmão deixou-me drogada.)

O peru e os tabus

Chateia-me que existam determinados assuntos que as pessoas tenham dificuldade em falar. Porque se sentem embaraçadas, porque lhes faltam as palavras, porque não sabem o que dizer. Se toda a gente falasse livremente e sem amarras, não eramos todos mais saudaveis? Merda prás pressões sociais e para a vergonha. Uns com tanta e outros com tão pouca..

O peru e a conversa de café - 2

A - O chá aquece a alma.
B - Estás diferente, estás mais calmo.
C - (Sorriso cúmplice).
A - As pessoas mudam.
C - Será?
A - Mas a essência fica sempre lá.
A e B - Pois, mas a essência está por dentro, por isso não se vê.
C - Logo, só muda por fora e chama-se fachada.
B - Eu já desisti de pensar que as pessoas mudam.
C - Eu acho que mudam, mas sempre para pior.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

O peru e as abelhas - 3

Só mais uma pequena nota e ainda acerca do mel.
Eu tenho para mim que a minha personalidade não mudou muito desde os 15 anos. Há quem discorde, mas isso agora não interessa.
Recentemente, a vida deu uma volta assim de.. 210º digamos, e algumas coisas mudaram. A minha aparência física foi uma delas.

E é lamentavelmente delicioso ver gente a acordar agora para a vida e a quererem batatinhas. Meus senhores, vão todos para o caralhinho, sim? It's not gonna happen. Seriously.

O peru e as abelhas - 2

Sou daquelas pessoas que não reage bem a elogios. Simplesmente não reajo, não sei bem o que dizer. Lá me sai um "obrigado" a meio gás.
Devia-me afagar o ego? Devia. Mas acho que ao longo da vida deparamo-nos mais frequentemente com insultos, com pessoas mesquinhas, com a humilhação e é contando com isso que construímos muros e defesas, para não sermos atingidos. Como dizia a Vivian Ward, é sempre mais fácil acreditar em alguém que nos insulta que em alguém que nos elogia. Irónico. E muito triste.
Sinto que recebi mais elogios nos últimos 2 meses que nos últimos 3 anos. Continuo sem saber bem o que dizer. A pouco e pouco começo a mentalizar-me que os mereço, que não faz mal esboçar um sorriso quando alguém me diz "estás linda!" e que na minha balança os elogios têm de pesar mais que os insultos. Gasto muita energia desnecessariamente com eles. E depois vêm sempre de gente tóxica e é uma chatice.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O peru e o boxe

Dou-te a vantagem.
Tu com tudo e eu sem nada.
E mesmo assim desarmada, vou-te ensinar a perder.

O peru congelado

O peru sempre adorou velocidade, ou não tivesse crescido em amena cavaqueira com motas. O peru gosta de assapar, gosta de carros que cheguem aos 250km/h e gosta também muito de andar de mota e sentir o cabelo ao vento (esta parte nem é bem assim, porque sou uma picuinhas com o cabelo e o capacete fode-me aquilo tudo).
Mas hoje refrescou a memória e sentiu novamente a adrenalina de saber que a qualquer momento a mota que vai quase deitada na curva pode escapar e lá ia peru com o caralho. E depois perdia-se uma mente brilhante (a do acompanhante, claro).
Peru estúpido todos os dias, achou que ir de casaquinho e leggings era uma excelente ideia. Não sinto as mãos e as pernas há quase meia hora..

"Se o desse agora era só para te fazer a vontade e, para mim, não é essa a sua essência."

O peru e a insónia 34605



Porque esta foi a 1ª que ouvi contigo, no momento em que foi e achei que hoje merecias a homenagem.

O peru e os programas de cultura geral

Não. Não é o do Malato.
Há uns dias via um outro programa do género e a questão era em que século nasceram Cristóvão Colombo, Leonardo da Vinci e outra personagem qualquer..
Resposta da concorrente: Séc. XX!!

Isto não é logo uma lambada no focinho?