quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O peru and the (doubtful) hability to change

Depois de ouvir milhentas vezes que "as pessoas nunca mudam", contrastando com o "as pessoas só mudam por algo que valha a pena", a minha opinião sobre este assunto situar-se-á algures no meio. Porque as coisas grandes que nos definem são imutáveis, ninguém muda de branco para preto, as pessoas boas não ficam más e as más raramente se tornam melhores. Acredito antes que entre o preto e o branco haja uma escala de cinzentos e arestas que podem ser limadas. Tive esta conversa com uma amiga há cerca de um mês e sinto isto cada vez mais intensamente: sinto-me diferente. E isto já nem tem nada a ver com ele. Já estou tão habituada à minha maneira de ser e agir actual que tenho dificuldade em explicar aos outros como eu era antes. E isto aconteceu de forma totalmente inconsciente. Sei-me mais calma, mais tolerante, ponho-me (mesmo) no lugar dos outros e tenho desculpado situações que há uns anos me teriam feito cortar com a pessoa de raiz. Já não me aborreço tanto com coisas pequenas. I see the big picture more clearly. Too clearly, most of the times. Continuo a achar que o meu sarcasmo sempre foi confundido com arrogância, mas agora muitas vezes esqueço-me dele e tenho mais prazer em ter uma boa conversa sincera com alguém, sem muros, sem defesas. Percebi que o orgulho não leva mesmo a bom porto e que algumas pessoas vão ficar pelo caminho se não houver iniciativa para o diálogo. Se sou mais feliz agora? Não, mas por motivos diferentes. Mas a minha consciência está muito mais limpa, leve, guardo menos rancores que haviam de me consumir, continuo a ser franca but in a polished way, meço melhor as palavras, evito argumentações e derivações nas conversas que não vão dar em nada. E isto podia perfeitamente ser bla bla de boca pra fora de alguém que está a querer ser melhor do que é, se não tivesse vindo da boca de terceiros. Não fui eu sequer a reparar. Uma, outra, e depois outra pessoa foram-me chamando a atenção (e sim, a mudança física e visual também ajuda a que reparem) e só depois é que pensei bem e conversei isto comigo. E o feedback até é positivo. Por isso, se algo de bom tinha de vir daquele atropelamento do ano passado.. que seja.
Im the living proof of the shades of gray.

sábado, 22 de outubro de 2011

O peru and things that only happen in movies

Daqueles argumentos where boy meets girl (ou girl meets boy, pronto), há ali uma cumplicidade filha da puta e a cena do "he/she's the one!"
Mas depois por circunstancias da vida (familias, empregos, dramas) a coisa torna-se difícil e mete-se tudo no carro e siga, eu e tu e o resto logo se vê, sem nunca olhar para trás. Estou contigo, o resto são só extras.
Fez hoje 3 anos que me levaste contigo.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

O peru

Tal como em quase tudo, falar é muito fácil e dramatizar então, ui! Racionalizar e maturar e passar finalmente à acção é que tem que se lhe diga.
i carry your heart with me (i carry it in
my heart) i am never without it (anywhere
i go you go, my dear; and whatever is done
by only me is your doing, my darling)

O peru e resquícios de noites

Sinto o melão, desde aqui até à lua.
Carroce c'est que le beux puxez.
Pestana, é o teu xixi!
Ora, o epicentro foi na Moita.
Ela não era zarolha.
Alguém dá ao Ivo Rafael uma banda de cera?
Nah, eu gosto mais de morenas.. de olhos castanhos.. grandes.. e profundos.
Pá, mas de onde é que tu vens meu? "Do Monte Belo".
Tu és um desperdiçado.
Riding through the monsoon.
Little Oral Annie.
É a 1ª e última vez que te digo isto.
Toni, o BRAÇO!
Eu devia estar onde aquilo que estou.
Manuel das Dores.
Pestana, Domingo não te esqueças!
Multibranco.
Tenho orgulho nas minhas molinhas.
Polvo/Cachão/Cwarf?
Preto e Branco. Ou branco no preto.
Sabes que longe da vista, longe do coração. "Pois e depois há quem diga que casa é onde está o coração".
Chaga.
Three-Fold Utopian Dream + Tenda + Velas + Piscina + Lua.
Sorry if I disappoint you.

0.01am 16/10 -> "Parabéns! Please think twice before you do something."

Ou vais ao fundo e ficas, ou vens ao de cima.
Não é só uma questão de humidade.. "Pois, consistência!" -> "E diâmetro!" .. -> "E aroma.."
Eu? Eu sinto-me toda!
ZB,ZBzinha, tu que vais para aquelas cenas naturais em busca do calhau perfeito!
Então mas tu dás a cona a toda a gente? Bardajona..
Esperma monárquico.
Gosto tanto de ti que vou-te fazer 1 like, não, 2 LIKES! Olha só porque és muito gira vou-te fazer um share.
Pi, o Piadas.
"EU QUERO UMA BOLA DE BERLIM COM NUTELLA!!!!"
Ca granda pêxe! "Ela é uma granda vitela??"

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O peru até crava as unhas na mão

Não há ainda advérbio de modo para caracterizar o quanto me mete nojo ver pessoas boas, daquelas que já existem poucas, generosas, de boa índole, etc., a serem usadas e manipuladas por gente que não merece o ar que respira. Karma's a bitch? Tou p'ra ver..

O peru and last calls

Algo em que já penso há bastante tempo (se não anos) é aquele apertozinho que fica quando alguém sai repentinamente da nossa vida. Uma amizade que termina porque razão seja, alguém que morre num acidente, relações amorosas que chegam ao fim (e mal). Porque há sempre aquele "Foda-se se eu soubesse que aquela era a última vez que nos víamos tinha-lhe dito que bla bla/teria aproveitado melhor o último beijo/teria-me esmerado mais na última vez que pinámos/tinha-lhe dito que gostava muito dele/a e que isto não era razão para cada um seguir o seu caminho". Os "E ses..".
Volta e meia até gosto de perguntar a quem está comigo "Então e se agora fosse a última vez que nos víamos?", porque é verdade, you just never know. Mas o povo nunca leva a coisa a sério e eu acho sempre que temos todos algo a dizer ou a fazer que não dizemos e não fazemos.
Mas hoje quando se falava nisto no café (obviamente) até eu, que já pensei nisto dezenas de vezes, concluí que não há cá avisos nas last calls. As coisas acontecem e dizem-se e fazem-se como era suposto, sem o peso da última oportunidade.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

O peru and his (her?) big mouth

Não sei bem o que me deu para partilhar isto contigo. É um fardo, obviamente, e devia ser só meu. Provavelmente porque me senti à vontade, provavelmente porque achei que estava na altura de contar a alguém. Porque finalmente em vez de ter conversas só comigo cada vez que estou sozinha poderia aligeirar o assunto fazendo disto conversa de café (ou não). Mas quando partilhei não sabia ainda o que aí vinha. E agora.. bom, não há volta a dar. Tu sabes, é inevitável e eu devia ter calado a matraca. Porque agora, on top of everything, tenho de te ver a desaparecer à minha frente.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O peru and things that only happen in movies

Chegar a casa à corrida, porque só se tem meia hora para banho/maquilhagem, etc., antes de um jantar. A grunhir por dentro porque acabamos por não adquirir aquela peça que andamos a namorar a semana inteira e que faria o outfit idealizado.
E ter à porta de casa um embrulho com essa mesma peça em 2 tamanhos diferentes e com um post-it a dizer:

"Choose your size. Até já!"

domingo, 16 de outubro de 2011

sábado, 15 de outubro de 2011

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

O peru uncovered

Cabrão! Descobriste o meu segredo! Lá vou ser nomeada na 3ª feira!

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O peru ganha um lugar no céu - nota

E serve isto também como serviço público: o perigo de se tratar mal uma mulher (principalmente) que não nos fez mal nenhum e que se sente injustiçada e negligenciada, é que ela vai achar que não tem nada a perder e não deve nada a ninguém. E consequentemente vai-se desbocar toda.
Therefore, aquilo que tu achas que eu não sei.. eu sei. (e esta frase podia ser quase a definição da minha vida social no último ano)

O peru ganha um lugar no céu

A sério, nem quem está a par da situação ou presencia o nosso dia a dia, tem a noção da santa que eu sou. As noites estragadas por discussões ridículas, o ter cuidado com tudo o que digo, a paciência para aturar as crises, o pavor que já sinto porque sei que a qualquer momento descamba tudo.
Mas mais ainda, porque no meio do teu "és-tudo-para-mim,-deviamos-ficar-juntos-mas-so-naquela-fodi-outra-gaja-para-ver-se-te-esquecia e da consequente falta de consideração pelos sentimentos da miúda, quem acaba a tomar café com ela uma tarde inteira para a consolar sou eu. Já aqui tinha mencionado que há gajos que nestas cenas são piores que as mulheres. Uma one-night stand (ou não, querido) é isso mesmo e na minha cabeça não me assiste que a gaja consiga lidar bem com isso e que o gajo faça filmes de categoria B com um assunto patético. Fodeste-a, certo? E depois foges com o rabinho à seringa, trata-la como merda e quem é que acaba a resolver isto? EU!!
Meninos..

O peru não quer conhecer..

.. pessoas que fazem barulho a respirar. Não estou a falar dos constipados, ranhosos, medianamente doentes. São os outros, os normais. E quando se está em silêncio então, entro em Berserk Mental Mode.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

O peru inflamável

I've had enough of the world and it's people's mindless games.

sábado, 8 de outubro de 2011

O peru and things that only happen in movies

Há muitos anos mesmo que não fazia o caminho para casa a pé. Provavelmente desde a altura em que não tinha carta e, consequentemente, carro que me permitisse o comodismo.

Mas hoje aconteceu. Não tenho bem noção de horas, porque perdi-as muito antes do episódio, mas a noite assim o proporcionou e, antes que estragasse a noite a toda a gente, dei corda aos pés. É esta a minha reacção quando estou prestes a explodir e já não tenho qualquer controlo no desfecho que vai vir em segundos. Tentaram vir atrás de mim, eu deixei claro que não valia a pena e "voltem lá à vossa vida sff".

A meio caminho parei (eu moro assim no cuzinho longínquo de Judas e a subir) e sentei-me numa escada, numa viela esquisita. A preocupação com a segurança veio-me à cabeça durante escassos segundos e logo a seguir veio "What the fuck do you care?"

Passados uns 10 minutos começo a ouvir passos na rua de trás e pouco depois aparece-me um rapaz na minha direcção, sweat com capuz enterrado na cabeça e de cor.

"Pronto, vou ser assaltada. Que seja.."

Mas não. O rapaz abranda quando chega à minha beira e pergunta "Are you ok?"
E eu só consegui balbuciar um "estou bem, só preciso de ficar sozinha", enquanto a minha cara me desmentia indiscretamente. Provavelmente por isso tentei convencê-lo que estava mesmo tudo bem, que só estava a descansar e que ele podia seguir caminho. Mas o gajo trocou-me as voltas e diz-me que nunca tinha encontrado ninguém naquele caminho, que era óbvio que eu não estava bem e perguntou se queria desabafar.

Tears with a stranger. Surreal.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

O peru, a sensibilidade e o bom senso

Já vi mais gajos a chorar à minha frente nos últimos meses do que no resto da minha vida toda. Há esperança para os que têm a inteligência emocional de um calhau.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

O peru e a simetria

Há uma data de anos, numas férias de Verão, li uma crónica qualquer na parede da casa de uma amiga que dizia, resumidamente, que as almas gémeas caminhavam por linhas paralelas e não coincidentes.

Portanto não deixa de ser curioso que desde que as nossas rectas se separaram, o nosso percurso e descompensação sejam semelhantes, assim como o que passamos (ou queremos passar) para o exterior. Rectas paralelas e descendentes.

The only way is down.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

O peru não quer conhecer..

.. malta que usa aquela terminação do "se eu podia bla bla? epá podia, mas não era a mesma coisa".

Porque a merda da frase não tinha piada nem quando o anúncio saiu, quanto mais agora.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O peru gambling

O que eu curto mesmo, mas mesmo, nos casinos, são aqueles quarentões/cinquentões cheios de papel que têm pelo braço uma daquelas quarentonas/cinquentonas com a pele laranja de tanto sol, aquele cabelo louro/cinzento cor de merda e jumpsuits que não as favorecem em nada (cueca da avó num jumpsuit de seda, priceless), mas que lançam olhares libidinosos a tudo o que tenha idade para ser filha deles.

Isso e eu ser um lucky charm do caraças. Vou começar a cobrar comissão.