quinta-feira, 6 de junho de 2013

O amor, as borboletas e o serviço público

Como toda a gente, também eu já bati muitas vezes com a cabecinha na parede à conta de gente parva (including myself). Mas depois a malta cresce e vai aprendendo, amadurecendo, ficando mais.. sábia? Ou não, porque eu continuo a ouvir as mesmas histórias e a repetir as mesmas frases, que não servem de nada, porque quem está à nossa frente a desabafar não quer ouvir nada racional e minimamente lógico e prefere agonizar infindávelmente com as mesmas dúvidas.

Serviço público aviário:

1- Ela acabou comigo. Dias depois já andava com outro, mas continua a ligar-me, às vezes para discutir, mas outras vezes toda fofinha, não faz sentido, porque é que me liga?

A minha resposta: Porque pode. Porque não lhe cortaste as vazas como devias ter feito.

O que eu devia ter dito: Bom, os cornos já tu devias andar a levar há um bom tempinho, a falta de sexo pode ter tido um papel determinante e a cara de porca que ela tinha não enganava ninguém. Minto, enganou alguém.

O problema: Sadly, há gente muito infeliz, sádica e mal formada que não consegue ser altruísta o suficiente para soltar as amarras. Não fodem nem deixam foder e, convenhamos, é bom saber que está ali o parvinho/a sempre à disposição para quando apetecer ligar, dar umas migalhinhas, afastar o tédio, dar umas festinhas no ego, etc. Gente que às tantas já anda a procriar com um novo alguém, mas ainda detém aquele sentimento de posse, achando que ainda tem o direito de opinar, controlar, fazer cenas de ciúmes..

Solução: Grow a pair e manda-a para o caralho.

2- Ele não me liga nenhuma, sinto-me invisível. Demora horas a responder-me a uma mensagem, às vezes fico um dia inteiro sem saber nada dele.

O que eu disse: Acho estranho não responder, nem parece dele, está sempre agarrado ao raio do telemóvel..

O que eu devia ter dito: Eu não percebo é porque se andam a enganar um ao outro! Numa relação ainda tão recente as coisas já estarem tão mornas? Yeah, good luck with that! Toda a gente de fora já viu onde isso vai dar, não vou ser eu a dizer-te as palavras.

O problema: Relações de amor, de amizade, etc., quando se tem de pedir atenção a alguém, algo está errado. Pode ser A que está carente e irritante a rebentar com a escala (TPM, puta que te pariu, ó minha!).. mas também pode ser B que pura e simplesmente não lhe tem o mesmo grau de amor/amizade/miau effect. As relações interpessoais são espontâneas, não lidam bem com exigências, cobranças, etc (I learned this the hard way!). E as pessoas quando sentem, dão, é tão simples quanto isso. Portanto, deixemo-nos de complicações, se não te dão algo é porque não te querem dar, é porque nem lhes passa pela cabeça. Neste caso, é óbvio que ele não está apaixonado (e ele já mo disse pessoalmente) e toda a gente sabe isso.. menos ela? O sexo não se força, quanto mais o amor!

Solução: Grow some self-esteem and let him go.

(to be continued)

2 comentários:

  1. Isto foi simplesmente arrepiante. Quero mais.

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  2. O Quintino Aires tá fodido se a produção d'"A hora do sexo" descobre toda esta wisdom by Sour Turkey.

    No caso da 1 parece-me o clássico "os gajos aturam tudo se na cabeça deles estiver em cima da mesa a mínima esperança de uma foda", síndroma clínico que se manifesta por as gajas fazerem gato-sapato de otários sem qualquer auto-confiança em si mesmoes, provavelmente com razão pq deve ser mesmo uma coisita de baixo nível na cama. Ela tá noutra mas provavelmente a outra, sendo portuguesa, é tão má como o gajo que deixou portanto convém não queimar todas as pontes até pq o novo se calhar n gasta o dinheiro de "manutenção" que o outro gastava e assim está sempre a porta aberta para voltar a amanheceres passados quando o cio lhe passar.

    Quando ao 2 é algo muito comum e não há grande mistério nisso. Encontrámo-nos e desencontrámo-nos ao sabor da nossa liberdade e da dos outros. Ás vezes queremos ficar a dormir e mandam-nos embora, ás vezes queremos ir embora e prendem-nos nos braços como gatinhos dentro de um saco atirado para o caixote do lixo. O problema não é tanto a instabilidade mas sim quando ela passa de prazo, quando chegamos a um momento em que queremos as mesmas pessoas por perto, uma ou várias, mas simplesmente não conseguimos isso e temos de andar em idades parvas a engatar, prova que nenhuma das "amizades coloridas" tinha um pingo que fosse de amizade, dado que só funcionou enquanto foi "colorida". No fundo nada como comemorar a liberdade humana a 4 numa cama a celebrar 1 ano de encontros e fds juntos, em que cada um faz o que quer e o que quer é continuar como está. Agora usar o contacto com alguém como um torcer de braço para lhe arrancar sentimentos que simplesmente não fazem parte da sua paleta emocionalem relação a nós não pode acabar bem para os dois. Alguém vai acabar sem o que quer e alguém vai acabar por parar de dar algo que dava espontaneamente com medo de achar que está a dar demais...

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