Passou-me pela cabeça enviar-te uma mensagem. Telefonar está (quase sempre) fora de questão. A minha mãe ia achar bem. Eu achei que seria só para ficar bem. Depressa concluí que seria também de uma imensa hipocrisia e desse mal ainda não padeço. A verdade é que I don't give a fuck se hoje é dia do Pai ou não, porque nem sei bem o que isso quer dizer. A família não se escolhe, true, mas é chatinho crescer com um exemplo paternal como tu e suspirar quando via os pais de amigos meus, que eu achava perfeitos. Não foi tudo mau, muito do que sou hoje é graças a ti, por antagonismo. A rebeldia, a frontalidade, o não engolir sapos, o feminismo. O gosto pela leitura e a maior parte da minha inteligência também. Acabaste por ser um exemplo, sim, de tudo o que eu não quero para mim.
Não te desejo mal, já passei muitos anos da minha vida a odiar-te. Também não te desejo bem. De facto não te desejo nada. És-me completamente indiferente.
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