domingo, 28 de março de 2010

O peru e a poesia...

Segui-te na estrada
cantei-te pra nada
Fiz montes e vales em busca de ti...
Encontrei-me as portas da morte
de tanto vergar
de tanto insistir
E no mar 1000 virgens á espera
gritaram meu nome
eu não respondi

Sonhei que era cego
num bico de um prego
e quando acordei fui chorar escondido...
Quem for rei virá num cruzeiro
se eu quis ser rei
foi pra sê-lo contigo
Quando o sol girar
e o céu afundar
ouvirás finalmente o que eu digo

Dei o teu retrato
ao genro de um sapo
herdei comprimidos para adormecer...
Ai rezei..á santa fortuna
á deusa das tréguas
do meu querer
E a verdade roubou um bote
de casco partido
pra ir morrer

A jurisprudência
Leu-me a sentença
Eu fora detido por parecer diferente...
e morar na casca de um ovo
sem ter cabido
na cova de um dente
Quando eu quis falar
ela pôs-se a andar
tal o medo de ficar doente

Até que a mãe feia
me deu a ideia
de partir pra guerra santa do sul...
Ai talvez ai avistasse
nalguma rua
a tua saia azul
Só que o vento ouviu no deserto
que alguem andava perto
e não eras tu

Perdido e cansado
quis voltar a nado
mas já ia longe a minha juventude...
Fui deitar-me ao pé de um barraco
Adormeci num balde de crude
E quando o sol nasceu
Deus mostrou-se e eu
Defendi-me o melhor que pude!

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