quinta-feira, 10 de junho de 2010

O perú e os bolos de aniversário

De onde veio esta ideia de nos encharcarmos em açúcar no dia do nosso aniversário? Soprar numa vela.. para quê?
É sempre o momento awkward do dia: familiares/amigos à nossa volta, all-eyes-on-me, escuro, um bolo, a cantiguinha.
O meu problema é sempre "o que é que faço enquanto esta gente canta esta parvoíce?" Canto também? Que pouco modesto.. Fico a olhar para eles um a um, com um sorriso idiota na cara? Começo a dizer merda para ver se isto acaba mais depressa? Ou fico a olhar para o bolo e a apreciar as diferentes cores do creme até ouvir a "salva de palmaaas"?

"Parabéns a vocêêêêê.."
Se estou rodeada da minha família e dos meus amigos mais próximos, porque me chamam de "você"? Não existe intimidade entre nós? Moramos em Cascais?

"Nesta data queridaaaaa .. Hoje é dia de festaaaaa"
A minha experiência é mais andar a correr o dia todo de um lado para o outro, a tentar estar com montes de gente em escassas horas, a ir à pastelaria buscar o bolo, a ir aqui e ali comprar as entradas para o jantar, mais o fim de tarde na cozinha e os telefonemas e mensagens o dia todo. Portanto faz mais sentido, em vez do dia de festaaaaaa, ser o dia do stress e do avc.

"Cantam as nossas almas"
Que dramática é esta canção. As almas em sintonia cantam em minha honra.

"Para a menina ..."
Tenha 15 ou 50, hei-de ser sempre a "menina".

"Uma salva de palmas"
É nesta parte que suspiro de alívio e tento apagar as velas todas sem emitir vestígios de baba para o bolo que os convidados irão posteriormente comer.

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