domingo, 12 de dezembro de 2010

O peru e as amizades tóxicas

Quando somos putos de secundário provavelmente nunca nos lembramos ou preocupamos em pensar nisto. Mas quando a escola secundária e a faculdade acabam, os amigos que vamos levar para a vida estarão já mais ou menos definidos. Claro que há sempre lugar para mais, existirão novas aquisições, mas os que vêm de trás em principio vão ficar.
Em princípio.
Porque quanto mais penso nisto, mais acho que alguns amigos que temos, temo-los por hábito e porque nunca nos lembramos de parar para perguntar se esta amizade é justa. Se recebemos tanto como damos em troca. Se é alguém que nos põe sempre bem ou, por outro lado, se é alguém que origina a maior parte das nossas chatices. Se é alguém que tem a iniciativa de pegar em nós quando estamos em baixo ou alguém que nos vê e deixa ficar.

Porque estas 2ªs opções são os amigos tóxicos. Pessoas que fazem parte da nossa vida e que quando vamos a ver nem percebemos a razão de lá estarem. Pessoas que têm feitios completamente em atrito com o nosso, sem possibilidade de consenso. Pessoas sem as quais ficamos melhores e nos chateamos menos.

E quando se chega a esta conclusão (e às vezes demora taaaanto) fica-se num impasse, porque uma amizade aos 30 anos é completamente diferente de uma que tivemos com 15 e não é coisa de que se abdique facilmente. Mas quando todo o diálogo é infrutífero, deve-se deixá-los ir. Sem pesos na consciência. Naturalmente. Ficamos todos a ganhar.

1 comentário:

  1. Pois... é deixá-los ir MESMO! Que vão em paz... com eles próprios.

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