Semanas antes do Natal, já os miúdos andam a delirar com os anúncios que vêem na televisão, a fazer listas daquilo que vão pedir ao Pai Natal, com a devida hierarquia de prioridade desses mesmos brinquedos. E depois andam num estado de ansiedade crescente até à bendita noite em que rasgam os papéis de embrulho. A emoção vem de facto desse crescendo das expectativas, mais do que do momento em que têm o brinquedo nas mãos. Porque o que costuma acontecer é que brincam com aquilo umas semanas e depois fica tudo arrumado num canto do quarto.
Tu és assim. Ficas completamente fascinado com a mínima coisa que seja nova, aliciante. Fixas-te completamente naquilo, não pensas em mais nada e todo tu és motivação e vontade e vamos para a frente. Vi isso acontecer com Cardiff. Vi isso acontecer quando quiseste morar na casa dos teus avós quando só existiam paredes vazias. Quando fizeste projectos para isto e aquilo. E depois abandonas tudo com a mesma facilidade e rapidez com que os teus olhos brilharam no início. És assim e é esse o teu ciclo comportamental.
Só que agora não é Natal. Nem isto são brinquedos.
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