Dois ou três dias antes do Natal, em catadupa e com espaçamentos de 24 horas, soube de 3 casos de mulheres que se fartaram de se sentir como mobília, deram o grito do Ipiranga e saíram de casa (bom, um dos casos foi ao contrário, mas não interessa). Os respectivos são apanhados de surpresa e não percebem o que suscitou isto tudo. Mal sabem eles que elas já andam a encher há meses, anos e que isto foi só a cereja em cima do bolo.
Pode ser visto como impulsivo, mas aposto em como já andavam com a ideia na cabeça há mais tempo, a ponderar prós e contras, a evitar fazê-lo até a situação se tornar insustentável. Nenhuma tomou a atitude como definitiva. Ficam à espera de ver a reacção deles. "Será que vai lutar para me ter de volta, será que me vai mostrar que vale a pena?" Esperam que o telefone toque, fazem-se de fortes mas no fundo vão-se derreter quando eles tomarem o 1º passo.
E quando não tomam?
"E quando não tomam?" ... Pois é. Muitas vezes falta de comunicação, outras é mesmo falta de coragem.
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