No Sábado à noite vi uma miúda sentada num parapeito de um prédio, numa rua qualquer do Porto, à beira de uma estação de metro. Parecia estar ali há imenso tempo. Talvez nem notasse que ele passava por ela.
A maquilhagem borrada escorria-lhe pela cara, seguindo os caminhos já desenhados pelas lágrimas. Até a postura dela, ali sentada, mostrava que dali não ia a lado nenhum, por falta de força e de vontade. Via-se claramente que lhe tinham partido o coração.
Senti-me de certa forma culpada por a ter deixado ali tanto tempo.
Na madrugada de 2ª feira passei pelo mesmo sítio, e ela ainda ali estava. Estendi-lhe a mão e seguimos juntas.
=)
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